Mundo virtual e postagens em redes sociais podem ser gatilho para sentimentos conflitantes e baixa autoestima
Dezembro é o mês mais esperado por muitos devido às festas de final de ano, viagens, férias, décimo terceiro, família, presentes entre outras coisas. É comum nessa época vermos propagandas e fotos nas redes sociais, onde o amor e o espírito de felicidade predominam entre familiares e amigos o tempo todo. Porém na vida real nem sempre é assim. Ao mesmo tempo em que essas festas de final de ano trazem sentimentos bons, também podem trazer confusões sentimentais em nossa vida.
“Diversos fatores originados de ordem inconsciente contribuem para isso, entre eles a falta de controle ou conhecimento próprio que impulsionam sentimentos como desolação, solidão, depressão, angustia no período natalino, ansiedade, transtornos de humor e muito estresse. Em ambas as situações esses sentimentos são acompanhados de receio, desconforto e descontentamento nas datas comemorativas.”, explica o psicólogo e escritor Alexandre Bez.
Curiosamente a globalização, assim como o mundo virtual e tudo que gravita em volta dele são associações mentais que colaboram ainda mais com esses sentimentos, devido às redes sociais, pois interferem negativamente na realidade de muitos.
“No Natal as pessoas se sentem mais sozinhas, pois muitas vezes percebem que não possuem tantos amigos. Já no ano novo sentem carência de perspectiva, com medo do novo ciclo que se inicia. É uma sensação de pânico que pode se instalar no aparelho mental do indivíduo.”
Nessas situações, o melhor a fazer é não se espelhar no mundo virtual, nem tudo é como parece. Tanta tecnologia ajuda, mas também atrapalha e afasta as pessoas, devemos ter em mente que o contato real é o que vale ao invés de espelhar-se em um mundo virtual inexistente.
Veja outras dicas que podem ajudar nesse tipo de situação:
1) No Natal o auge dos sintomas da depressão podem ser veemente minimizados através de um reagrupamento familiar, pois o conforto adquirido junto aos seus é imensurável. Portanto nessa época vale manter as relações familiares balanceadas.
2) Interaja com seus sentimentos. Se aquela pessoa que você amava se foi (no caso de um parente, amigo, namorado (a)), tente se lembrar dos momentos alegres que tiveram.
3) Se não tiver família compartilhe os momentos com os amigos ou seja voluntário em alguma instituição.Qualquer medida é mais importante do que o isolamento e a solidão.
4) Para o ano novo, mantenha a realidade em dia. Não sonhe com o impossível, isso só aumenta a ansiedade e o stress.
5) Use ambas as datas para a promoção positiva de sua mudança.
6) Não compactue com conjecturas. Isso a (o) deixará mais aliviada(o) no Ano Novo, afastando-a (o) de confusões e desorientações, possibilitando criação de metas. Foque nelas e estabeleça esse objetivo.
7) Obedeça o seu orçamento e realize suas atividades pessoais de acordo com o mesmo impedindo o aumento ou estabelecimento da frustração.
8) Um bom inicio de ano se dá quando você começa a cortar tudo aquilo que te faz mal.
9) Aprender a falar não também se constitui num exemplar inicio.
Alexandre Bez é psicólogo especialista em relacionamentos, ansiedade e síndrome do pânico