Estimativas apontam que cerca de 40% dos indivíduos com 65 anos ou mais de idade precisam de algum tipo de auxílio para realizar pelo menos uma atividade da vida diária, como fazer compras, cuidar das finanças, preparar refeições ou limpar a casa, e 10% requerem ajuda para realizar atividade básica, como tomar banho, vestir-se, ir ao banheiro, alimentar-se, e até sentar e levantar de cadeiras e camas.
Este auxílio é prestado por um cuidador, que pode ser uma pessoa da família ou da comunidade (cuidador informal) ou por um profissional com formação específica para o cuidado, contratado para este fim (cuidador formal).
Formais ou informais estes cuidadores necessitam de orientação, informação e apoio de profissionais capacitados em geriatria e gerontologia, proposta esta que está descrita na Política Nacional do Idoso.
Entretanto, na maioria das vezes a tarefa de cuidar de um idoso dependente geralmente não é planejada e fica a cargo de uma mulher (esposa, filha, etc) que reside com ele e por isso não tem auxílio especializado. Outro problema é o fato de acumularem a esta tarefa, outras funções domésticas como cozinhar e limpar e administrar a casa.
O estresse entre cuidadores é bastante comum chegando a afetar sua saúde física e qualidade de vida. Estudos mostram que apesar de reconhecerem-se úteis e importantes ao doente, sentimentos de impotência e de falta de controle são percebidos freqüentemente.
Se você é cuidador de um idoso dependente procure:
– Informar-se sobre a doença, entendendo o que se passa com o idoso;
– Procure profissionais especializados em centros de geriatria e gerontologia para que você seja orientado da forma mais prática e eficaz de realizar os cuidados necessários;
– Cuide de sua própria saúde: faça exames periódicos, tenha uma alimentação saudável e pratique exercícios físicos;
– Tenha atividades de lazer, procure fazer o que gosta periodicamente, isto é essencial para a manutenção de sua qualidade de vida.
Dra. Juliana Venites
Fonoaudióloga
Especialista em Gerontologia pela UNIFESP e em Motricidade Orofacial pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia
Mestre em Ciências pela UNIFESP-Escola Paulista de Medicina
Doutoranda em Distúrbios da Comunicação pela UNIFESP-Escola Paulista de Medicina
Gerontóloga pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia
Docente da Universidade Nove de Julho – UNINOVE
Contato:www.julianavenites.
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