Estudos apontam que o exercício físico é bom tanto para o corpo como para o cérebro, funcionando como antidepressivo
A cada mês um novo estudo é publicado comprovando o quanto é bom o exercício físico, para o corpo e para o cérebro.
E como tudo vive em conjunto e harmonia – biológica, física, emocional e psiquicamente, ou pelo menos deveriam viver, o que é bom para um é bom para o outro.
Uma das descobertas mais recentes sobre este tema acabou de sair da Universidade da Califórnia – Davis Medical Center.
Exercício aumenta o nível cerebral dos neurotransmissores glutamato e GABA, químicos que enviam mensagens do cérebro para o corpo
Pesquisadores da instituição descobriram que o exercício aumenta o nível cerebral dos neurotransmissores glutamato e GABA, químicos que enviam mensagens do cérebro para o corpo, e que comprovadamente se apresentam em níveis baixos em pessoas que lutam com a depressão e ansiedade.
Usando exames especiais de ressonância magnética, o experimento mediu os níveis de GABA e glutamato no cérebro de 38 voluntários geralmente saudáveis, antes e depois de se exercitarem em bicicleta estacionária a um ritmo rápido – cerca de 85% de sua frequência cardíaca máxima – até 20 minutos em três sessões.
Os resultados foram conclusivos: Os neurotransmissores foram elevados nas áreas do cérebro que processam a informação visual e ajudam a regular, por exemplo, a frequência cardíaca, emoções e outras funções cognitivas. A atividade física pareceu “ativar” os caminhos para a positividade.
Ainda mais interessante, no cérebro de pessoas com rotinas de aptidão física regulares – pessoas que haviam feito vários treinos na semana antecedente ao estudo -, a melhoria dos neurotransmissores durou mais.
Do grupo controle, seis pessoas que não se exercitaram, não apresentaram nenhuma mudança visível nos níveis de neurotransmissores.
Será que num futuro próximo uma rotina de exercícios físicos poderá eliminar a prescrição do Prozac, por exemplo?
Há grande quantidade de evidências que o exercício, especialmente potente quando feito ao ar livre, torna as pessoas menos estressadas, mais calmas e mais saudáveis tanto física como emocionalmente.
Mas, será que haverá um futuro no qual uma rotina de exercícios por si só poderia nos fazer felizes e descontraídos, eliminando a necessidade de uma prescrição de Prozac?
O professor que liderou o estudo, Richard Maddock, chegou à conclusão de que mais pesquisas como esta podem continuar a dar aos médicos e pacientes os dados científicos que precisam para olhar para o exercício como uma terapia viável, talvez uma alternativa ou suplemento aos antidepressivos poderosos.
Vale a pena lembrar também alguns outros benefícios dos exercícios físicos:
- Controle e diminuição do peso;
- Diminui o risco de doenças do coração, pressão alta, osteoporose e diabetes;
- Fortalece o sistema imunológico;
- Diminui os riscos do câncer de mama, pois os exercícios diminuem os níveis de estrogênio – hormônio intimamente ligado ao câncer de mama.
- Aumenta a resistência muscular;
- Melhora os níveis de colesterol sanguíneo;
- Combate a insônia;
- Deixa os tendões e ligamentos mais flexíveis.
Por isso, comprovadamente para melhorar o humor e ter uma vida mais saudável, mexa-se.
Mover-se é curar-se.
*Flávia Merschmann & Natália Ceará são colaboradoras do Portal Amigo do Idoso
Referencia: http://www.grindtv.com/fitness/study-suggests-exercise-work-like-essentialnutrition