Exames preventivos e especialista podem ajudar a garantir um envelhecimento saudável

A expectativa de vida dos brasileiros está cada vez mais otimista. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) indicam que, nos últimos dez anos, a expectativa de vida média no Brasil aumentou para 74 anos. E vale lembrar que longevidade com qualidade de vida está cada mais relacionada à conscientização sobre os exames de rotina que precisam ser feitos com finalidade preventiva, a fim de garantir um envelhecimento saudável
No dia 1 de outubro comemorou-se o Dia Internacional do Idoso, data criada em 2003 pela ONU, e alguns ficam em dúvida sobre a hora certa de passar do clínico geral para o médico geriatra. De acordo com especialistas, para a mulher, a troca acontece no início da menopausa, por volta dos 55 anos, enquanto para os homens, a recomendação é a partir dos 60. Os exames de saúde preventivos podem fazer parte de um check-up básico, enquanto outros devem ser realizados apenas se o médico julgar necessário.
“Existe uma regra para cada paciente a respeito da frequência e solicitação em exames complementares. O envelhecimento é um processo heterogêneo e por tanto, devemos individualizar determinados exames.”, declara Dra. Maísa Carla Kairalla, geriatra consultora do portal Consulte Aqui (http://www.consulteaqui.com ) e diretora científica da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia de São Paulo (SBGG – SP). A ida ao consultório geriátrico deve ser anual, mas a recomendação pode variar conforme o quadro de saúde da pessoa.
De acordo com José Carlos Vilela, médico geriatra, a partir dos 60 anos, as visitas devem acontecer duas vezes ao ano, para a prevenção.”Se detectarmos alguma doença, aí sim as visitas devem ser mais constantes, dependendo do tratamento”, explica o médico. O geriatra tem por objetivo auxiliar no envelhecimento com saúde, ou seja, seu principal foco é o diagnóstico precoce e a prevenção de doenças. Para tanto, o médico investiga a história patológica pregressa do paciente, avalia os riscos de desenvolvimento de patologias familiares, presta orientações sobre atividades físicas, hábitos alimentares e sobre a interação medicamentosa a qual o idoso normalmente está exposto.
Neste caso, o objetivo é reduzir a posologia, evitando assim a chamada farmacopeia, muito comum entre os idosos, que consiste nos vários tratamentos impostos por outros especialistas e que, por vezes, acabam gerando efeitos colaterais demasiados no paciente. “O paciente acaba evoluindo para um quadro confusional induzido por drogas, decorrente das várias medicações receitadas por outros especialistas. Trata-se de um achado muito frequente e subdiagnosticado”, conta.
Ainda de acordo com Vilela, as queixas mais comuns verificadas nas consultas são relativas aos transtornos de memória e humor, normalmente associadas ao início da depressão.
A depressão é complicada, porque não apresenta sintomas específicos. Afeta o campo cognitivo e se não tratada a tempo, pode evoluir para um quadro que simula a demência”, afirma.
Fonte: Bem Paraná