A geriatria é a especialidade médica que atende idosos, considerando as mudanças anatômicas, funcionais e psicológicas que fazem parte do processo natural de envelhecimento.
Para a Dra. Franciele Rigloski Menezes, Geriatra do Plunes Centro Médico – Curitiba, o acompanhamento de um geriatra é importante para ajudar na compreensão das mudanças que o corpo sofre por conta do envelhecimento, fator que pode garantir mais segurança e qualidade de vida.
Esse especialista é capacitado com conhecimentos de diferentes áreas, como clínica médica, cardiologia, psiquiatria, neurologia, pneumologia, nefrologia, entre outros, e, por isso, o tratamento é feito de forma holística.
Segundo Franciele, o geriatra se preocupa com diversos aspectos da saúde do idoso e se dedica ao paciente como um todo, avaliando perspectivas clínicas, cognitivas, afetivas, ambientais, sociais, econômicas e funcionais.
“Para nós, geriatras, um tratamento bem sucedido vai muito além de apenas controlar as doenças. Nosso principal objetivo é preservar a autonomia e a independência do idoso”, destaca a especialista.
Resumidamente, o geriatra pode ser comparado ao clínico geral, porém para a fase do envelhecimento.
Como a velhice se caracteriza como uma fase de fragilidade, o acompanhamento médico periódico é essencial para oferecer melhor qualidade de vida.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nos países em desenvolvimento, é considerada idosa a pessoa com idade a partir de 60 anos.
É a partir dessa faixa etária que alguns cuidados precisam ser redobrados. Mas quando é importante dar início a esse acompanhamento regular?
Segundo a Dra. Franciele, três situações estimulam a procura por um geriatra. A primeira delas é preventiva, quando o paciente compreende as diferenças dessa fase e quer envelhecer de forma saudável.
Em segundo lugar estão as pessoas que buscam acompanhamento para o processo natural de envelhecimento.
Já a terceira, é caracterizada por pacientes com doenças preexistentes, que buscam evitar sequelas e até mesmo a reabilitação.
A recomendação é que, de forma geral, as consultas com o geriatra comecem até mesmo antes dos 60 anos, para orientações sobre como envelhecer de forma saudável, com menos limitações e dependência.
Independente da idade, alguns sintomas também podem alertar para a necessidade de acompanhamento geriátrico, como perda ou alteração de memória, mudanças de comportamento, quedas frequentes, perda de peso ou dificuldade para realizar tarefas que antes eram realizadas com facilidade.
É importante compreender que alguns fatores podem influenciar na saúde ao longo da vida, como genética e hábitos diários. “Manter bons hábitos desde os 20 ou 30 anos faz toda a diferença. Uma vida saudável resulta em um idoso ativo física e mentalmente”, destaca a especialista.
A prática regular de exercícios físicos previne hipertensão, diabetes, colesterol alto e outras doenças comuns após os 40 anos. Além disso, ser fisicamente ativo evita perdas musculares e ósseas, melhora a coordenação motora e auxilia no controle do peso ideal.
“Podemos dizer que chegar na terceira idade com disposição é mérito dos que se esforçam desde cedo para manter a saúde em dia. Mas, mesmo com uma saúde de ferro, quando a terceira idade chegar, o geriatra auxiliará com orientação sobre os melhores hábitos a serem adquiridos a partir daquele momento, para que a vida possa continuar a ser vivida com vigor e disposição”, finaliza Franciele.
Fonte: Paranashop