“Gameterapia” pode ajudar no tratamento do Mal de Parkinson. Alguns idosos aderiram à técnica e já começaram a se sentir melhor.
Médicos e fisioterapeutas estão usando o videogame para ajudar no tratamento de pessoas com doenças como o Mal de Parkinson ou que sofreram derrame ou um trauma ortopédico. Os resultados são muito bons.
A garotada que gosta de videogame vendo essas imagens não vai entender nada. Como assim? Vovó dando soco em frente à TV?
Dona Hosani com uma raquete na mão? E o Weslei em cima de uma prancha? Ele não está com o joelho machucado? Os atuais games com sensores permitem comandar um jogo com o corpo. Neurologistas e fisioterapeutas enxergaram nisso um complemento para vários tratamentos.
“Além da reabilitação motora, da coordenação motora, do equilíbrio que ele promove, a melhora do equilíbrio, ele age também na cognição, melhora a memória, a atenção e a concentração”, diz o neurologista Delson José.

As raquetadas da dona Hosani estão ajudando a diminuir as vertigens. “O que eu não conseguia fazer antes, tinha medo. Hoje eu faço com segurança minhas atividades”, diz Hosani Maria Alves, técnica em radiologia.
Dona Cleonice já é “peso pena” nas lutas virtuais. Cada soco é quase um nocaute contra os sintomas do Mal de Parkinson, uma doença que ataca a coordenação motora.
“O mais difícil é manter o equilíbrio. A gente faz forca para acertar”, diz Cleonice.
A gente realmente não quer parar quando está no jogo. Mas os especialistas não indicam a “gameterapia” sem uma indicação médica. É que o paciente, ele pode sofrer um acidente, exagerar na quantidade de exercícios, e sem querer, acabar realizando um movimento, que, em vez de melhorar, acaba provocando um efeito contrário.
“Ele consegue antecipar na média de 30%, 40% de um tratamento”, diz o médico.
Como se trata de uma terapia auxiliar, os pacientes continuam seguindo outros tratamentos. As sessões com videogame são semanais e duram cerca de uma hora.
“Eu vejo as imagens e é como se eu estivesse lá dentro. Então, é como se a realidade aqui fora meu joelho não existisse. No começo eu sentia dor, e fui forçando, forçando e melhorando”, conta o publicitário Wesley Rodrigo.
Fonte: G1